segunda-feira, 18 de maio de 2015

Trigésimo terceiro Dia.


Que Maria inviolada seja despedaçada sobre rodas... AL 3: 55.

Maria é, segundo o dogma católico romano, uma segunda Eva, invertendo a queda e maldição da primeira. Para apontar tal mistério divino, observam a expressão do anjo à ela dirigida: Ave. Eva ao contrário.

Para a Igreja, Maria foi concebida sem mancha, viveu virgem e assim morreu sendo então assunta aos céus. Maria teria, em sua vida pura, conservado e ensinado o caminho para Deus: apenas uma vida casta e devota pode trazer a presença de Deus à terra servindo- lhe de sacrário.

Sim. Maria serviu como fonte de controle e corrupção. Nela, a mulher foi reduzida a mãe. E pior, uma mãe virgem. Incompleta.

Nessa antieva, vemos o mal. Ao contrário de Nossa Senhora, ébria, lasciva, poderosa em entrega total ao Nosso Senhor e ao Universo; Maria se fecha para a vida, para o mundo. Para Deus. Seu exemplo de sofredora, serva e escrava é uma mancha medonha sobre todas as mulheres. Revertendo o ato libertário do Éden, Maria dá a luz ao Deus dos escravos e justifica toda repressão àquelas que não se adequam a seu modelo.

Maria é mãe dos demônios e das neuroses. Senhora da doença e da impotência. Maria é o mal que desfigura a mulher e depois o homem. Sob rodas, sob o poder da verdadeira Mulher será destruída.

Essa noite.

Nossa Senhora montada em Sua Besta, nua e desavergonhada, irá pisotear o cadáver fétido da Virgem. Ela fará chorar seus filhos e violará sua carcaça vazia de vida.

Essa noite.

Dentro de poucas horas.

A Era do mal e da doença perecerá.

E o tempo final terá finalmente chegado.

Hail Babalon!


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